
Realizei também as avaliações da chamada Comissão de Prioridades, onde crianças sem nenhuma deformidade, mas que eventualmente sofriam preconceito por alguma característica estética (bullying), em geral na escola, eram encaminhadas para cirurgia. Essas avaliações envolviam a definição do grau de sofrimento de cada um envolvido, para posterior encaminhamento cirúrgico. Iniciei também meus primeiros casos clínicos voltado para as pessoas que tinham mais dificuldades em lidar com os problemas da aparência resultantes das deformidades. Ainda dentro da SOBRAPAR tive a oportunidade de desenvolver um treinamento com um grupo de enfermagem para trabalhar e desenvolver relacionamento interpessoal, motivação e clima organizacional.
Depois do tempo trabalhado diretamente na SOBRAPAR, deixei minha contribuição no Hospital e Maternidade Celso Pierro, Hospital da PUC de Campinas. Nesse hospital atuei na UTI Pediátrica. Aqui o trabalho exigia lidar com as dificuldades da perda de pacientes e a transmissão das notícias difíceis aos pais/cuidadores. Esse trabalho também incluía a intermediação entre a equipe médica e a família. Nesse mesmo período atuei na clínica de psicologia da PUC-Campinas como analista do comportamento com uma grande variedade de casos de diferentes idades que me ajudaram muito no desenvolvimento dessa atuação. Realizei tanto atendimentos individuais como em grupo. Além de trabalhar na clínica da PUC, também atuei com adolescentes em um centro comunitário de Campinas. Depois da graduação, iniciei uma especialização no Núcleo Paradigma em Psicologia Clínica Analítico Comportamental, e outra no InCor (Instituto do Coração da Faculdades de Medicina da Universidade de São Paulo) sobre psicologia hospitalar. Juntamente com as duas especializações, iniciei um trabalho clínico, trabalho que faço até hoje em consultório próprio. Em paralelo ao consultório, desenvolvo um trabalho com pessoas hospitalizadas, que vivem um momento de instabilidade emocional diante de um acidente, da descoberta de uma doença e também a dificuldade de permanência no hospital. Para esse trabalho, a solicitação pode partir de pacientes e/ou familiares, que também farão parte do tratamento psicológico. Alguns casos, quando recebem alta, continuam a terapia clínica para uma adaptação às mudanças que a doença trouxe para a sua vida.
Trago também experiência corporativa de alguns anos de trabalho e dedicação em uma empresa privada de representação e distribuição de uma marca italiana mundialmente difundida de máquinas para supermercados, restaurante e padarias. Durante esse período me desenvolvi nas áreas administrativa e de recursos humanos. Recentemente realizei duas formações em coaching, sendo uma específica para psicólogos. Pude assim, diversificar meus conhecimentos e me habilitar em mais uma modalidade de promoção de bem-estar do indivíduo. Com os clientes de consultório e as demais atividades que venho desenvolvendo nos últimos anos, comecei a me dedicar também na prevenção e não apenas no tratamento. Diante disto, desenvolvi um projeto de orientação profissional para que os adolescentes de forma consciente olhem para o futuro e escolham uma carreira.